Ruy Castro

Ruy Castro
Ruy Castro
Castro em 2009
Nascimento 26 de fevereiro de 1948 (76 anos)
Caratinga, Minas Gerais
Nacionalidade brasileiro
Ocupação jornalista, biógrafo e escritor
Prémios Prêmio Jabuti (1996)
Prêmio Machado de Assis (2021)[1]
Prêmio Jabuti (2023)[2]
Magnum opus Chega de Saudade: A História e as Histórias da Bossa Nova

Ruy Castro (Caratinga, 26 de fevereiro de 1948) é um jornalista, biógrafo e escritor brasileiro.

Biografia

Nascido em Caratinga, no interior de Minas Gerais, mudou-se ainda em seus primeiros anos de vida com seus pais para a cidade do Rio de Janeiro.[3] Formou-se no curso de Ciências Sociais, na então Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) - atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), porém, nunca atuou na área.[3]

Castro tem passagem por importantes veículos da imprensa do Rio e de São Paulo a partir de 1967, e escritor, a partir de 1988. É reconhecido pela produção de biografias como O Anjo Pornográfico (a vida de Nelson Rodrigues), Estrela Solitária (sobre Garrincha), Carmen (sobre Carmen Miranda) e de livros de reconstituição histórica, noção como Chega de Saudade (sobre a Bossa nova), Ela é Carioca (sobre o bairro de Ipanema, no Rio) e A Noite do Meu Bem (sobre o samba-canção).

Parte de sua produção jornalística foi reunida em livros como Um Filme é para Sempre (sobre cinema), Tempestade de Ritmos (sobre música popular) e O Leitor Apaixonado (sobre literatura). Escreveu também um ensaio sobre o Rio, Carnaval no Fogo: Crônica de uma Cidade Excitante Demais. Seus livros têm edições nos Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Espanha, Itália, Polônia, Rússia e Turquia. Em ficção, é autor do romance Era no Tempo do Rei, das novelas Bilac Vê Estrelas e O Pai Que Era Mãe, e de condensações de clássicos como Frankenstein, de Mary Shelley, e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

A seu respeito foi publicado o livro Álbum de Retratos: Ruy Castro, uma minifotobiografia, pela editora Folha Seca. Vencedor do Prêmio Esso de Literatura, do Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira e de quatro Jabutis.

Em 18 de setembro de 2006, Castro foi internado no Hospital Cardiotrauma, em Ipanema, após sofrer um infarto agudo do miocárdio. Ali foi submetido a uma angioplastia coronariana e à colocação de um stent. Foi liberado após três dias.[4]

Em julho de 2022, inscreveu sua candidatura à cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL) por ocasião da morte de Sérgio Paulo Rouanet. Sua inscrição foi entregue a Merval Pereira, e ele disputará a cadeira com Raquel Naveira e Jackeson dos Santos Lacerda. Considerado o favorito para assumir a posição, foi eleito para a cadeira no dia 6 de outubro de 2022, após conquistar 32 do 35 votantes.[5][6][7]

Academia Brasileira de Letras

Em 6 de outubro de 2022, foi eleito para a cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na vaga antes ocupada por Sérgio Paulo Rouanet.[8]

Tomou posse como novo membro da ABL, em cerimônia realizada na sede da entidade, em 3 de março de 2023. Foi recebido com o discurso do acadêmico Antônio Carlos Secchin.[9]

Folha de S.Paulo

Quatro vezes por semana (às quartas, quintas, sábados e domingos), Ruy publica crônicas sobre o cotidiano e curiosidades da sociedade em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.[10]

Obras publicadas

  • Chega de Saudade: A História e as Histórias da Bossa Nova - 1990; edição revista - 2016;[11]
  • O Anjo Pornográfico: A vida de Nelson Rodrigues - 1992;
  • Saudades do Século XX - 1994;
  • Estrela Solitária - Um Brasileiro Chamado Garrincha - 1995 (prêmio Jabuti em 1996[12]);
  • Ela é Carioca - 1999;
  • Bilac Vê Estrelas - 2000;
  • O Pai que era Mãe - 2001;
  • A Onda que se Ergueu no Mar - 2001;
  • Carnaval no Fogo - 2003;
  • Flamengo: O Vermelho e o Negro - 2004;
  • Amestrando Orgasmos - 2004;
  • Carmen - Uma Biografia - 2005;
  • Rio Bossa Nova - 2006;
  • Tempestade de Ritmos - 2007;
  • Era no tempo do rei: Um romance da chegada da corte - 2007;
  • Terramarear (coautoria com Heloísa Seixas) - 2011;
  • Morrer de Prazer - Crônicas da Vida por um Fio - 2013;
  • Letra e música - 2013;
  • A noite do meu bem - a história e as histórias do Samba-Canção - 2015;
  • Metrópole à Beira-Mar - O Rio moderno dos anos 20 - 2019
  • As vozes da metrópole: Uma antologia do Rio dos anos 20 - 2021
  • Os perigos do imperador: Um romance do Segundo Reinado - 2022
  • A vida por escrito: Ciência e arte da biografia - 2022

Participações, adaptações e antologias

  • Mau Humor: Uma antologia definitiva de citações venenosas;
  • Contos de Estimação;
  • Querido Poeta: Correspondência de Vinicius de Moraes;
  • Frankenstein;

Prêmios

Em 2021, ganhou o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.[13]

Prêmio Jabuti Melhor Romance 2023 com o livro "Os Perigos do Imperador: Um Romance do Segundo Reinado".[14]

Ver também

Referências

  1. «Academia Brasileira de Letras retoma Prêmio Machado de Assis e premia o escritor Ruy Castro». O Globo. 28 de out. de 2021 
  2. «Ruy Castro vence Prêmio Jabuti com romance sobre tentativa de assassinato de Dom Pedro II». Valor Econômico. 6 de dez. de 2023 
  3. a b «O escritor e jornalista Ruy Castro é o sexto entrevistado da série Depoimentos Cariocas». Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Consultado em 4 de novembro de 2021 
  4. «Internado após infarto, Ruy Castro tem alta». Folha Online. 22 de setembro de 2006. Consultado em 30 de janeiro de 2019 
  5. Pennafort, Roberta (6 de outubro de 2022). «Ruy Castro é eleito para a Academia Brasileira de Letras». G1. Consultado em 6 de outubro de 2022 
  6. Walter Porto (22 de julho de 2022). «Walter Porto: Ruy Castro se candidata à Academia Brasileira de Letras com status de favorito». Folha de S.Paulo. Consultado em 22 de julho de 2022. Cópia arquivada em 22 de julho de 2022 
  7. «Ruy Castro é eleito para a Academia Brasileira de Letras». O Globo. 6 de outubro de 2022. Consultado em 6 de outubro de 2022 
  8. «Ruy Castro é eleito para a Academia Brasileira de Letras». O Globo. 6 de outubro de 2022. Consultado em 6 de outubro de 2022 
  9. Lichote, Leonardo (3 de março de 2023). «Ruy Castro toma posse como novo membro da Academia Brasileira de Letras». Folha de S.Paulo. Consultado em 3 de março de 2023 
  10. «Colunista: Ruy Castro | Folha». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de dezembro de 2022 
  11. Máximo, João (25 de julho de 2016). «'Chega de saudade', de Ruy Castro, ganha edição ampliada, revista e definitiva». O Globo. Consultado em 23 de setembro de 2018 
  12. «Prêmio Jabuti - 1996». cbl.org.br. 2011. Consultado em 12 de julho de 2011. Arquivado do original em 24 de agosto de 2011 
  13. «Ruy Castro ganha o prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra». Folha de S.Paulo. 28 de outubro de 2021. Consultado em 22 de julho de 2022. Cópia arquivada em 22 de julho de 2022 
  14. «Prêmio Jabuti 2023 premia Fabrício Corsaletti, Ruy Castro e livro sobre inteligência artificial; veja a lista de vencedores». PublishNews 

Ligações externas

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Precedido por
Sérgio Paulo Rouanet
ABL - nono acadêmico da cadeira 13
2023–
Sucedido por
  • v
  • d
  • e
1991 – 1999
Ficção
Não Ficção

1993: Caco Barcellos 1994: Gilberto Dimenstein 1995: Stephen Charles Kanitz 1996: Ruy Castro • 1997: Roberto Campos 1998: Carmen Lúcia Azevedo, Márcia Camargos e Vladimir Sacchetta 1999: Lilia Moritz Schwarcz

2000 – 2009
Ficção
Não Ficção

2000: Drauzio Varella 2001: Fernando Morais 2002: Ruth Rocha e Anna Flora 2003: João Paulo Capobianco 2004: Caco Barcellos 2005: Francisco Alberto Madia de Souza 2006: Ruy Castro • 2007: Ivana Jinkings e Emir Sader 2008: Laurentino Gomes 2009: Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini

2010 – presente
Ficção
Não Ficção

2010: Maria Rita Kehl 2011: Laurentino Gomes 2012: Miriam Leitão 2013: Audálio Dantas 2014: Laurentino Gomes 2015: Marcelo Godoy • 2016: Nei Lopes e Luiz Antônio Simas Eduardo Jardim • 2017: Magda Soares

  • v
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Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
37 (Tomás António Gonzaga)
38 (Tobias Barreto)
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40 (Visconde do Rio Branco)
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